domingo, 18 de outubro de 2009

Entenda tudo sobre este esporte que explora cavernas

Espeleologia, ou Caving, é uma mistura entre ciência e esporte de ação. A atividade une a exploração de cavernas, sua pesquisa, documentação e conservação, com as técnicas usadas para seu estudo - mergulho e rapel, entre outros.A diferença entre Espeleologia e Caving é que o primeiro é mais voltado para a área científica, em que inúmeros profissionais (biólogos, geólogos, engenheiros, químicos etc) desenvolvem pesquisas e aprofundam seus estudos. Já o segundo está mais direcionado para a área técnico-esportiva, sendo uma mutação da área científica e buscando prospecção e exploração de cavernas através de documentação, fotografia e logística.Em qualquer um dos casos, os praticantes dessa atividade devem estar dispostos a transpor difíceis obstáculos no escuro, realizar subidas e descidas através de cordas, atravessar pequenos - ou grandes - lagos, e se encontrar com o desconhecido (nunca se sabe exatamente o que aguarda no interior de uma caverna). Mas o ponto principal é ter consciência ecológica e querer conhecer mais sobre a formação e o desenvolvimento das cavernas, assim como sua delicada e exuberante fauna e flora. CaracterísticasO termo espeleologia deriva do grego “spelaion” (caverna) e “logos” (estudo). Assim, espeleologia é o estudo das cavernas, e envolve áreas como geologia, geografia, arqueologia, biologia e antropologia. Porém, para realizar esse estudo é preciso explorar a caverna utilizando técnicas como rapel e mergulho - ambos conhecidos esportes de aventura. Por isso a atividade atrai não só cientistas, mas também aventureiros em busca do desconhecido.O Brasil possui um excelente campo para a Espeleologia: são mais de 2.500 cavernas cadastradas. Pode parecer muito, mas esse número representa pouco mais de 5% de todas as cavernas brasileiras (95% ainda esperam ser descobertas e documentadas). Além de possuir inúmeras cavernas, o país também possui uma espeleologia bastante organizada, com mais de 1.200 sócios na Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE). Além disso, o Ibama criou um departamento que cuida exclusivamente dos assuntos espeleológicos, o CECAV, que vem trabalhando conjuntamente com a SBE. HistóriaA história da Espeleologia remonta a origem do homem, que em tempos pré-históricos usavam-nas como abrigo. Os achados mais antigos da presença do homem nas cavernas datam de 450 mil anos atrás. Entre 350.000 a.C. e 10.000 a.C.surgem as primeiras pinturas rupestres, ilustrando principalmente cenas domésticas e de caça. Com o final das eras glaciais, o homem acaba deixando as cavernas para se instalar nos campos. Nesta época as cavernas passam a ser usadas como armazéns, lugares de culto ou túmulos.Na Idade Média as cavernas passam a ser consideradas abrigo do demônio e lugares malditos. Essa visão só muda a partir da segunda metade do século XIX, quando as cavidades naturais voltam a ser alvo de visitas e explorações – o que é aumentado devido à busca do salitre para a fabricação de pólvora.Somente no início do século XX o homem passou a tratar a exploração das cavernas como uma ciência. O primeiro a encarar a caverna como um objeto científico foi o francês E. A Martel, conhecido mais tarde como o "pai da espeleologia". Seus trabalhos sobre as cavernas abriram um novo caminho para os pesquisadores e aventureiros do passado.No Brasil, as pesquisas do naturalista dinamarquês Peter Wilhelm Lund abriram as portas da espeleologia em 1835, com a exploração das cavernas na região de Lagoa Santa e Curvelo. Apesar de seus trabalhos serem voltados para a paleontologia, suas descrições e mapas permitiram atribuir um caráter espeleológico às suas atividades. Nos últimos 30 anos, a Espeleologia se transformou numa atividade de grupo e começou a atrair jovens desbravadores e aventureiros. Mas a atividade ainda enfatiza a ciência e a ecologia. Equipamentos
Cabo solteiro para auto-segurança: corda dinâmica de 3,5m - 9,5mm; utilizada para segurança durante escaladas.
Calçado: botas de neoprene com solado reforçado ou botas resistentes a água, que não só protegem das pedras e da umidade, mas também evitam escorregões e deslizes, facilitando o deslocamento dentro da caverna.
Capacete: equipamento de uso obrigatório, sua função básica é proteger de pedras soltas que podem cair acidentalmente na cabeça do escalador.
Carbureteira: recipiente que produz o acetileno a partir de pedras de carbureto em reação com a água controlada, utilizada para iluminação.
Cinto, cadeirinha e peitoral: serve basicamente para sustentar o
atleta durante a escalada.
Corda do tipo estática: pode servir como sustentação em escaladas.
Fitas: tiras de material sintético unidas de modo a formar um anel, de grande resistência. As fitas são cortadas em diferentes tamanhos, de acordo com sua finalidade, e podem ser usadas para segurança, fixação e ancoragem.
Freios: peças metálicas de diferentes tipos (oito, magnone, ATC, stop), com a função de controlar a descida do escalador na corda, ao final de uma escalada utilizando técnicas verticais.
Kit de grampeação: martelo, batedor, plaquetas, spits de 8mm. Usado para fixar os grampos e possibilitas a escalada.
Lanterna à prova d'água: para iluminar o caminho, já que o ambiente das cavernas é escuro e úmido.
Luvas de neoprene: para proteger as mãos durante o deslocamento.
Mochila estanque ou vazada: para carregar o equipamento.
Mosquetão: peça metálica em formato de elo com uma parte móvel (lingüeta) que se fecha com a ação de uma mola interna. São fabricados em vários formatos, cada um com uma aplicação específica.
Roupa de neoprene ou macacão: além de ajudar na mobilidade, protege do atrito com as pedras e também do frio de algumas cavernas.Outros acessórios indispensáveis para a prática: roldanas, proteções de corda, cordeletes 6mm, malhas rápidas P15, head lamp, manta de sobrevivência, kit de primeiros socorros, apito FOX 40; canivete e proteção para mapas.Onde praticarO Brasil abriga algumas das maiores e mais belas cavernas conhecidas em todo o mundo, com mais de 2.500 cadastradas pela SBE. Um dos locais mais procurados para a prática do Caving é o PETAR (Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira) em São Paulo, com mais de 300 cavernas. Bonito, no Mato Grosso do Sul, além de Gruta do Tamboril em Unaí (MG), Poço Encantado em Lençóis (BA), Chapada Diamantina (BA) são excelentes escolhas. Fora esses locais, todos os estados brasileiros possuem interessantes cavernas que permitem a exploração.EscolasCavernas são ambientes delicados e muito perigosos. Não se deve se aventurar por elas sem a companhia de um guia experiente e sem equipamentos de segurança e de iluminação adequados. A melhor maneira de começar é procurando um grupo de espeleologia e aprender com os mais
experientes. Algumas sociedades de espeleologia, assim como algumas universidades brasileiras, oferecem cursos e palestras sobre a atividade. Para se informar, o melhor caminho é a Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE), organismo não-governamental que congrega os grupos dedicados à pesquisa, exploração e proteção das grutas e abismos no país. O endereço é: www.sbe.com.br.CampeonatosNão existem campeonatos de Espeleologia, já que o objetivo da atividade é ecológico e científico, e não competitivo.
SITE: SITE - 360GRAUS.COM.BR

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Jose Maria das Chagas, nasci no sítio Picada I. em Mossoró-RN,filho do assuense MANUEL FRANCISCO DAS CHAGAS e da mossoroense LUZIA FRANCISCA DA CONCEIÇÃO, com 14 irmãos. Ingressei nas fileiras da gloriosa e amada Polícia Militar do Rio Grande do Norte no dia II-VII-MCMLXXX com o número 80412. Casei-me em XV-IX- MCMLXXXIII com a apodiense MARIA ELIETE BEZERRA (XXIII-VIII-MCMLXIII), pai de 5 filhos: PATRÍCIA ( NASCIDA A XVII - VIII - MCMLXXXIII FALECIDA EM VIII - XI - MCMLXXXV), JOTAEMESHON WHAKYSHON (I - X - MCMLXXXVI), JACKSHON (FALECIDO) E MARÍLIA JULLYETTH (XXIX - XI - MCMXC).Atualmente convivo com outra apodiense KELLY CRISTINA TORRES (XXVIII-X - MCMLXXVI), pai de JOTA JÚNIOR (XIV - VII - IMM). JÁ PUBLIQUEI TRÊS TRABALHOS: CHIQUINHO GERMANO -A ÚLTIMA LIDERANÇA DOS ANOS 60 DO SERTÃO POTIGUAR, COMARCA DE APODI EM REVISTA e A HISTÓRIA DA COMPANHIA DE POLÍCIA MILITAR DE APODI

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